segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Onde eu vim Pará - Parte 4

Hoje apresentarei um texto incomum. Vocês já leram meus relatórios esculachando, comicamente, Castanhal, e devem ter uma impressão de que aqui é o inferno na Terra... mas aqui não é assim tão ruim. De fato, tem umas coisas muito boas, e essas coisas eu enumerarei agora.

1- Baixíssimo custo de vida: Enquanto que algumas coisas são muito mais caras (um par de pilhas palito custa um cu virgem por aqui), a maioria das coisas são muito mais baratas. Comida, transporte, cerveja (Brahma a 2,50 *-*), açaí 3 reais o litro... Mesmo ganhando pouco, dá pra ter uma vida plenamente confortável, pois ser rico no Pará é bem diferente de ser rico em São Paulo. E as contas, então?! Água, luz... Pense no quanto você paga de IPTU na sua casa. Algumas centenas de reais por mês, né? Pois eu pago somente 13 reais... POR ANO! Morram de inveja! Ou não...

2- Reaveriguação do povo: Logo que cheguei aqui, eu fui logo metendo o pau em como as pessoas eram feias e sem-graça. Mas eu logo verifiquei que aqui é só como qualquer outro lugar do mundo: as pessoas mais... digamos, elitizadas... andam em seus próprios grupos e freqüentam seus próprios ambientes. O acaso foi me lançando na companhia de pessoas novas de quando em quando, e eu já conheci pessoas tão legais, interessantes e bonitas quanto qualquer sulino, e fiz amizades significativas por aqui.

3- Mercado de trabalho sedento: Uma coisa não dá pra salvar no povo paraense: galera aqui é preguiçosa pra caralho. Nego passa fome, mas não trabalha mais do que acha que deveria, ou com um emprego que julga "abaixo do seu padrão". É como um estado cheio de Befs. Justamente por isso, quem chega aqui disposto a trabalhar com afinco e, mais ainda, com já alguma formação, encontra prestígio com espantosa facilidade. Chegamos em Castanhal com uma mão na frente e outra atrás, e já estamos dando a volta por cima em menos de seis meses. Aqui é muito fácil enriquecer e conseguir um bom padrão de vida, basta ter garra. Estou ainda lutando por isso, mas já tenho bons prognósticos.

4- Incentivo ao esporte: Nunca vi uma cidade com tantas praças/ginásios esportivos. A qualquer hora e dia, você pode sair de casa e encontrar alguém em algum lugar jogando alguma coisa, indo desde o futebolzinho até hóquei! Quando lembro que eu e o Vegeta rodamos de carro por Santos por mais de uma hora, e depois só conseguimos jogar um basquetinho invadindo a sede da Polícia Federal...

5- Santistas: Santista é uma praga, qualquer lugar você vê um. Lembro quando tava vendo o jogo de vôlei da seleção em Pequim: tava lá uma bandeira do Brasil pendurada, e logo ao lado um cara balançando uma do Santos. Castanhal não é exceção. Logo nas primeiras semanas aqui, conheci um cara que morava pertinho da minha casa, em Santos! E já vi gente aqui andando com camisas do Santos, e meus camaradas já visitaram Santos... quem vem de lá se sente confortável e facilmente adaptado, ainda mais pelo clima ser extremamente semelhante.

6- Comédia: Porra, esse lugar é hilário! Todo dia eu acho algo novo do qual posso esculachar aqui! Como é que alguém vai se sentir entediado num lugar tão ridículo?

É, bem, vou parar por aqui... não consegui pensar em mais nada. Mas já dá pra ver que aqui não é o sétimo círculo do Inferno... só o terceiro, acho. E com amigos, tudo fica mais tolerável. Por isso, já me sinto confortável por aqui, e preparado pra agüentar mais uns bons anos =P

BÔNUS!

Pra variar, eu insisto em me torturar. Nesses dias que fiquei acamado, estava assistindo novamente a bendita Ana Maria Brega (mesmo doente eu não consigo dormir até tarde). Assisti à reportagem sobre a Cristoteca, uma balada evangélica. Imaginem o quanto não ri. Têm idéia do quanto não ri quando o cara falou "Ah, ficar de pegação aqui não rola. Quando a gente vê alguém mais juntinho assim, num canto, eu pergunto 'Tem espaço pro Espírito Santo aí no meio?', e a galera já saca"? Sim, eu ri muito. Logo em seguida, entra a nefasta falando que é legal uma balada sem drogas, e emenda "Falando em drogas... aliás, falando em coisa boa..." AHÁ! Te peguei no pulo, hein Ana Maria? Em seqüência ela desatou a falar sobre como os alimentos se assemelham à parte do corpo que seus nutrientes beneficiam. Eu tava imaginando a mim mesmo dizendo "Ei Ana Maria, o cupuaçú beneficia o que, hein?", quando o glorioso Louro José respondeu por mim. Mostrando fotos de laranjas cortadas, ela pergunta "Você acha que essas laranjas lembram o que, Louro?" Ao que ele responde: "Seios!" Way to go, papagaio!

terça-feira, 23 de setembro de 2008

Doente, mas presente

Foi preciso que eu adoecesse e faltasse aos meus compromissos pra ter um tempinho de postar aqui, hahaha.
Peguei uma gripe, e tou aqui panguando, entre a vigília e a inconsciência. Mais uma vez, peço perdão pela demora em atualizar, mas eu ando terrivelmente ocupado. Besides, têm rolado aqui uns apagões épicos, de passar horas sem energia na cidade inteira, e estes insistem em se manifestar justamente quando sento-me ao PC pra escrever alguma coisa. Mas já estou com um texto escrito para o post dessa semana =)
Agradeço a todos pelos comentários, e pelo feedback extremamente positivo. É a busca por agradar sempre mais que me motiva a continuar escrevendo.
Agora poderei dedicar alguns minutos à leitura dos textos dos meus amigos. Tem muito material acumulado xD