terça-feira, 23 de junho de 2009

O meu cantinho

Logo na entrada do Campus Pompéia da Unisantos tem um corredorzinho que dá acesso à bicicletaria e à antiga entrada da faculdade, antes do prédio do Liceu Santista ser anexado à FACOS. Nesse corredor tem um banquinho.
Quando eu entrei no Liceu, com 6, quase 7 anos de idade, eu já gostei daquele lugar. Eu, Carlos Sílvio, Nicholas e outros coleguinhas do 1ºA tivemos que brigar com os meninos do 1ºB pra tomar posse do território, e saímos triunfantes. E lá, até o fim da terceira série, é onde comíamos nossos lanchinhos e brincávamos de Cavaleiros do Zodíaco (eu era sempre o Hyoga) e Tartarugas Ninja (eu era sempre o Donnatelo). Na quarta série eu me mudei pro Kennedy, e não fui tomado por qualquer sentimento de nostalgia nesses 14 anos que passei sem contato com esse cantinho.
Mas aí fui fazer jornalismo na Unisantos. Um dia eu parei pra ler um texto... e fui meio que instintivamente atraído pelo local. Lá sentei e lá fiquei lendo. E as memórias, o sentimento de familiariedade voltou. E aquele passou a ser o meu point de novo.
Eu, ocupado como sou, sempre chegava na Unisantos entre 15 e 17 da tarde, isso quando não passava o dia todo lá. Então eu sentava no meu cantinho e lia, escrevia, ouvia música, o que quer que não precisasse de um computador pra ser feito. E ficando lá postado, todo mundo que chegaava falava comigo. Professores, coordenadores, funcionários, seguranças, e colegas de todos os cursos, turmas e períodos. Sentado naquele lugar, eu cumprimentava mais de 100 pessoas por dia, em alguns dias.
Nesta sexta, rolou uma festa dentro da faculdade, pra marcar a despedida do campus. Eu sentei no meu lugarzinho, e meus colegas que chegavam para a festa se juntavam à mim. quando a festa estava pra começar, qualquer um que entrasse passava por um grupo de uns 20 jornalistas de 1º semestre, fatalmente parava para cumprimentar alguém (possivelmente eu) e o grupo crescia.
Agora nós ns mudaremos para o Dom Idílio. É um campus grande, com duas entradas, e ambas muito grandes.
Acabou meu reinado de anfitrião. Será possível que eu continue a cumprimentar a todos assim que chegam? Duvido muito...

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Review: Carga Explosiva 3

Um dia, Deus estava ponderando meu balanço cármico e pensou: "Pedro tem sido um bom menino; acho que ele merece uma pequena recompensa. Tive uma idéia! Farei um filme com tudo o que ele mais gosta: explosões, tiros, lutas legais, perseguições em alta velocidade, mulheres, comédia, o pacote completo! Mas como farei? Já sei! Farei Carga Explosiva 3! Já que o 2 ficou meio zuado, com cenas de ação 'mentirosas' e história ruim, vou corrigir tudo o que havia de ruim nele e fazer o melhor filme da série."

Obrigado, Senhor.

Carga Explosiva foi um filme excelente, que marcou minha vida. Foi a primeira vez que vi aquele que se tornaria meu ator favorito, Jason Statham. Ele tinha uma história boa (Num filme de ação, a história é o de menos. Basta ser razoável), excelentes lutas, perseguições legais, explosões, um toque de comédia, e uma chinesa gatíssima pra contracenar com o protagonista. Tornou-se imediatamente um dos meus filmes favoritos.

Três anos depois, em 2005, foi lançado Carga Explosiva 2... mas eu não quero falar sobre isso. E finalmente, no fim de 2008, foi lançado Carga Explosiva 3. Um filme de ação a ser lembrado. Uma pérola, um deleite, intenso prazer para os fãs de pancadaria.

O ex-militar Frank Martin vive sua vida de fazer... "entregas". Rígido e disciplinado, cumpre suas missões à risca, sem nunca perguntar nomes nem porquês. Apenas faz o que é pago para fazer: levar determinada coisa do ponto A ao ponto B. Uma noite, Frank é surpreendido por um Audi entrando em sua casa pela parede da sala. O motorista era um colega que ele indicara para um trabalho que havia rejeitado. No banco de trás, uma jovem misteriosa parece tão obtusa à situação quanto ele. Em virtude da morte do colega, Frank se vê obrigado a transportar o que quer que havia de ser transportado... e ele tem de levar a garota com ele.

Começando pelos atores, Jason Statham está presente fazendo o que faz de melhor: sendo careca, invocado e bom de briga. Ele mais uma vez encarna o meu tipo favorito de personagem. Robert Knepper faz um bom trabalho como o vilão Sr. Johnson: inescrupuloso, focado, incisivo e acidamente bem-humorado. François Berléand é novamente o divertido inspetor Tarconi, que presta uma assistência valiosa à Frank. Mas o trunfo do filme (além do Statham) é a belíssima Natalya Rudakova no papel da peculiar Valentina. Foi a primeira evidência de que esse filme foi feito para mim, especificamente. Russa gatinha, de cabelo ruivo curtinho e com o rosto cheio de sardas... consigo pensar em pouquíssimas mulheres capazes de me despertar tamanho tesão. Até o nome dela é lindo. Luc Besson, movido por forças divinas destinadas a me trazer alegria, achou essa beldade atravessando a rua e disse "Ei, venha atuar no Carga Explosiva 3! Eu até te dou aulas de atuação e tudo o mais!" E eu NÃO estou inventando isso.

Statham, Knepper e Rudakova

A ação é frenética e empolgante. As cenas de perseguição estão tão boas quanto no primeiro filme, as lutas estão ainda melhor coreografadas e atuadas, as explosões estão simples e boas, e as manobras especiais emocionantes; tudo na medida certa entre a grandiosidade do primeiro e a inverossimilhança do segundo. Frank está épico, mas humano. Alguém que fosse realmente o melhor no que faz conseguiria fazer o que ele faz, desde as manobras de carro às lutas.

Wrapping it up, esse é um filme pra quem gosta. Uma obra-prima do cinema anencéfalo, 100 minutos de prazer ininterrupto para quem curte um bom filme de porrada. Se você é desse tipo, pode ir confiante assistir um filme que recebeu nota máxima, 10, no meu conceito. E se você não gosta desse tipo de filme, e prefere filmes com cachorrinhos, velhas enfrentando problemas existenciais, crítica social ou Hugh Grant, abstenha-se não apenas desse filme, como também desse blog. Eu provavelmente não vou postar nada aqui que o agrade.

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Hoje não foi um bom dia

Hoje eu acordei depois de uma longa noite de sono muito boa. Tive café gostoso me esperando. Tive um almoço farto em seguida. Entrei em debates sobre futebol no dia seguinte à vitória do meu time. Saí de casa um momento para sentir um clima frio, delicioso, apesar do céu azul sem nuvens. Decidi que vou viajar em julho, e para onde. Entrei. Joguei video-game. Fui para a faculdade com meu pai. Não tive aula: passei a noite inteira batendo papo com meus amigos, jogando truco, fazendo palhaçada, rindo muito. Voltei para casa. Estou enrolado no cobertor, conversando com amigos, tomando sopa quentinha e comendo uma torta deliciosa.
Mas hoje não foi um bom dia. Um dia em que ela não sorri para mim nunca é um bom dia. E ela nunca sorri para mim.