quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Winds of Change

Não ando escrevendo muito ultimamente. Não tenho espírito para escrever. You see, muitas pessoas conseguem tirar inspiração de um momento ruim, mas não eu. Escrever é, para mim, uma atividade prazerosa. Algo equivalente a postar no CDP ou jogar um pouco de Guitar Hero. Por isso, se eu escrevo de bom humor, sai alguma coisa legal. Se eu estou na bosta, however, me sinto um pouco melhor depois de escrever, mas o produto é fraco e desinteressante, e eu deleto sem nem olhar de novo. Por isso não tenho escrito muito... vou escrever sobre o que? Quantas cervejas ando bebendo? Que fiz Full Combo na Liquid Moon? Que falhei novamente em parar de fumar? Nem mesmo meus livros ganharam uma linha sequer esse mês...

2009. Esse é meu primeiro texto em 2009, e eu estou dando um duro aqui pra escrever algo ao menos minimamente interessante. 2007 e 2008 foram anos difíceis, desmotivantes e muito sofridos. Juntos realmente formaram dois anos inteiros. Digo isso porque 2007 foi o mais longo ano da minha vida; parecia até ter 18 meses. Um ano tão sofrido e que parecia não acabar mais. Quando chegou 2008, eu já havia profetizado que seria um ano de grandes mudanças... e de fato foi. Pena essas mudanças não poderem ter ocorrido de forma mais aprazível. Foi um ano breve, rápido e ríspido, que pareceu durar só seis meses, até! E dou graças a Deus por isso. Já foi o mais árduo ano da minha vida mesmo assim tão breve, que dirá se fosse mais longo? 2008 passou como um furacão: rápido, sutil e avassalador. E eu nunca mais serei o mesmo depois dele.

2007 e 2008 foram os anos da minha queda. Os anos em que eu tive gastrite nervosa, taquicardia, freqüentes acessos e cheguei bem perto de me tornar alcóolatra. Não escrevi nada de muito bom... no máximo, algo de engraçado; não me concentrei em meus estudos; minha aparência decaiu um pouco; perdi todo o meu condicionamento físico, muito do meu amor pelas coisas da vida, e quase todo o romantismo da minha alma... acho que isso é o que mais faz falta em mim quando vou escrever. Antes eu era um homem apaixonado, romântico, idealista, crente no amor e na pureza. Hoje, isso se foi... não totalmente, mas significativamente. O que sobrou foi só a esperança de recuperar um pouco da minha ternura perdida.

Será que ainda lembram de mim de 2006 e antes? Ah, como eu era diferente... sorria mais, falava mais, despirocava mais. Queria uma mulher por muito tempo, ao invés de muitas por um tempo. Ficava bêbado com poucos goles, jogava bastante Pump, tinha a auto-confiança nas nuvens; era e gostava de ser moleque. Hoje em dia, not so much.

Mas agora é 2009. Não gosto do homem que me tornei. Sendo assim, só tenho duas opções: morrer ou mudar. Eu não quero morrer, então vou mudar. Não quero voltar atrás, however. Não quero voltar a ser quem era em 2006 pois, hard though it may have been, as experiências pelas quais passei nos dois últimos anos foram enriquecedoras. Fortaleceram meu caráter e amadureceram meu espírito. Mas não é preciso tornar-se completamente rochoso. Antes eu era caloroso. Tornei-me frio como gelo. Quero ser agora doce e tenro, mas protegido pelo exoesqueleto que desenvolvi. Mudar para algo melhor, mas guardar as cicatrizes como lembrete de que a vida não é para fracos.

Agora é 2009. Deixei de ser moleque faz tempo, mas não virei homem. Sou algo indefinido. Experiente, mas ingênuo. Ponderado, mas imaturo. Ético, mas ainda corruptível. Destemido, mas covarde. Hora de virar homem de vez. Esse ano será bom. Muito bom. Esse ano é o ano em que me encontrarei. Que ficarei em pé sozinho, mas sem raízes, para que possa me manter flexível e mutável.

Só pra dizer que não é por preguiça que tenho escrito tão pouco...